ESPAÇO DESTINADO A DIVULGAÇÃO DAS AÇÕES DA VEREADORA ELOEDE CONZATTI E INTERAÇÃO COM A POPULAÇÃO

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Câmara retoma trabalhos

A vereadora lembrou na sessão legislativa dois momentos entre tantos que marcaram o mês de janeiro. Um deles foi o Fórum Social Mundial, realizado na região da grande Porto Alegre, que 10 anos após sua 1ª edição retorna ao Ro Grande do Sul para fazer um balanço da sua caminhada, e trouxe como novidade a 1ª Feira Mundial de Economia Solidária, realizada nos municípios de Santa Maria e Canoas, buscando apresentar alternativas concretas a inserção e participação de pequenos empresários na economia.
Milhares de ativistas de diferentes setores da sociedade, movimentos sociais e governos de inúmeros países retornaram ao Estado para participar das atividades. Foram cerca de 35 mil pessoas de 39 paises que passaram por aqui e deixaram sua contribuição.
O Fórum Social Mundial, surgido no ano de 2000 como uma alternativa de reflexão e articulação entre movimentos sociais e governos para transformação do modelo econômico neo-liberal que avançava desenfreadamente principalmente nos Estados Nacionais na América Latina durante a década de 90, foi alicerce para algumas mudanças de nível mundial.
Na América Latina não podemos deixar de frisar que os partidos populares, de origem trabalhadora passaram a administrar inúmeros paises que até então sempre haviam sido governados por partidos conservadores e comprometidos com o projeto Neo-Liberal. Especialmente o Brasil, com a vitória do Presidente Lula nas eleições de 2002.
Hoje, existe um fortalecimentos das economias nacionais nestes paises, diferente do que viria a acontecer com a implantação da ALCA, que beneficiaria apenas interesses de uma potência.
A articulação mundial, da qual o Brasil foi um dos promotores, da criação do G-20 para defender os interesses dos países que não pertencem ao grupo dos paises desenvolvidos.
E esta articulação, se deve em muito ao Fórum, pois foram vários os presidentes, chefes de nações, ministros que passaram pelas edições do Fórum.
Além disso, outras tantas bandeiras apresentadas e defendidas ainda durante a 1ª edição do FSM temos hoje presentes em governos – transparência, participação popular, a economia solidária – projetos com igualdade social - promovida a partir das instâncias de governo, redimencionando o papel do Estado como agente de fomento da economia local e não apenas comprador de empresas descomprometidas com questões sociais e desenvolvimento local. Portanto, o FSM é um espaço importante de discussão e articulação, que vem cumprindo com seu propósito e eu não poderia deixar de fazer esta referência aqui nesta Casa.

O outro acontecimento que trago nesta tarde, refere-se a suspensão da Feira do Material Escolar. Criada por esta Casa no ano de 1994, e que desde então realizava-se todos os anos em nosso município, a partir da organização do Poder Executivo.
Uma programação que podemos considerar como uma das MARCAS de Lajeado para a região. Que a sociedade lajeadense tinha como uma opção e referência de espaço à compra de materiais escolares.
Mas, para nossa surpresa, e dos feirantes que todos os anos participavam, chega pela imprensa a notícia da suspensão da realização da edição deste ano do evento, a qual entre os motivos justificam a falta de recursos municipais para isso.
Ora, o custo da edição anterior aos cofres municipais foram na ordem de R$ 14 mil reais com a liberação de funcionários e demais ações.
Fomos buscar informações com alguns dos feirantes que sempre participavam das outras edições para saber o que tinham a dizer. E pasmem senhores vereadores, infelizmente eles também estão decepcionados com esta situação, pois desde a última feira estão aguardando uma reunião para avaliar a forma com que era realizada, pois era o segundo ano consecutivo que a programação não trazia lucro, pelo contrário prejuízos.
Vereadores, os participantes pagavam inclusive o segurança que fazia o cuidado do local.
Este espaço abria portas inclusive para negócios com clientes de outros municípios, que chegavam a cidade e passavam pela feira.
E entre as questões que levantavam estava a grande rotatividade de locais da realização. Todo ano era um novo local, e isto dificulta a participação das pessoas por não saberem onde é que o evento acontece.
No último ano foi no salão próximo ao Colégio Madre Bárbara, antes havia sido no Ginásio Nelson Brancher, e assim ia acontecendo. Os empresários não eram convidados, muito menos nomeados a integrar a comissão que organizava a Feira.
Assim ia-se terminando aos poucos, lentamente, e sem ruídos uma das marcas de nossa cidade. Não trazendo o interessados para dialogar, sempre uma relação vertical, de cima para baixo. E também sempre com pouca ou nenhuma criatividade, inclusive de contenção e diminuição de custos.
E, ainda entre as justificativas da Administração Municipal esta que os Sindicatos auxiliam os filhos de seus associados com o material didático, e que a própria municipalidade realiza a doação de material aos alunos carentes, sendo adquirido R$ 43 mil em materiais agora no último período para distribuição as escolas. E ai fica uma grande pergunta aos feirantes que participavam do evento: Quando se faziam presentes no evento tinham que seguir a risca a cartilha da comissão organizadora, contribuindo financeiramente inclusive, mas quando é para aquisição de materiais porque não recebem o pedido de orçamento? Quem foi convidado a participar?
Uma pequena forma de oportunizar que os pequenos estabelecimentos participem e também tenham relação econômica com o município, não apenas pagando impostos, mas também realizando suas vendas.
Por tudo isso, estamos propondo que a Secretária de Educação venha a esta Casa, use a Tribuna e exponha os motivos que levaram a falência de mais este evento no município.








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