Transporte coletivo - 09.03

Eloede trouxe à discussão na Câmara Municipal a situação do transporte coletivo de nossa cidade, o qual vem acompanhando desde a legislatura passada. Entende  a criação de projeto de Lei, de autoria de nós vereadores, tornando a fixação das tarifas dos ônibus urbanos que como competência da Câmara Municipal.

Até então, a única e exclusiva forma de exercermos nosso papel de fiscalização era solicitando a Administração Municipal informações, planilhas e dados sobre o serviço. Geralmente o papel do Conselho de Trânsito resumia-se a discutir o preço a ser cobrado, sem nenhuma estrutura que dotasse de instrumentos que permitissem um acompanhamento mais detalhado, nem tampouco a construção de regras que regulassem a prestação dos serviços.

Algo que sempre frisamos nesta Casa e que nunca fomos ouvidos pelo Poder Executivo, que nem na gestão passada, nem nesta, tem ouvido e dialogado com os vereadores e muito menos com a sociedade sobre o assunto.

O transporte coletivo da população deve ser uma prioridade. Quanto melhor e maior a oferta do serviço, maior será o número de usuários e conseqüentemente menor serão os impactos no trânsito e o custo da passagem.

Vereador Schefer, o senhor que também é um grande defensor desta causa, das condições dos abrigos em que os trabalhadores tem aguardar os ônibus, no início do ano já cobrou nesta Casa que a Administração adequasse as paradas para o inverno, períodos de chuva e frio. Lhe pergunto: O que foi feito?

Agora com as alterações no trânsito de Lajeado, feito sem diálogo com a sociedade – pedestres, motoristas, comerciantes – como ficou esta questão. Que atenção recebeu?

O abrigo do Parque dos Dick lá parado, sem utilidade. Os usuários tem que ficar contra uma cerca, expostos ao sol aguardando os veículos. Onde esta a dignidade que o povo merece?

Não quero que pareça que estou responsabilizando o Coordenador de Trânsito Finkler, pois estas ações não são de responsabilidade de uma pessoa, mas de uma Administração Municipal. Ninguém exige que seja resolvido da noite para o dia, mas sim que seja amenizada. Se em Lajeado as coisas definitivas levam tempo, meses e as vezes anos para serem feitas, que seja feito algo para ser amenizado, e que o povo não sofra por isso.

A questão das linhas de ônibus. Os bairros como o Hidráulica que não são contemplados.

O sistema circular ou integração em que o usuário pode ir de ponta a ponta da cidade pagando uma única tarifa. Porque no foi posto em prática até hoje? Nos finais de semana como se deslocar no município quando não se tem veículo próprio?

Essas são algumas das questões que a tempos viemos cobrando, mas que nunca foi dada sequer uma resposta satisfatória.

As concessões para a exploração das linhas esta vencida e o processo licitatório esta trancado judicialmente por falta de clareza. Então, antes que se refaça nova licitação é necessário que estas questões, assim como outras como é o caso da idade da frota, se deve ou não ter ar-condicionado, seja discutidas e regulamentadas. Desta forma senhor presidente, agora que esta Casa é responsável pelo reajuste das tarifas, quero dizer que esta vereadora, a Bancada do PT esta disposta a discutir e propor com colegas vereadores uma legislação para tratar desta questão.

Abordou também a questão das feiras e eventos que são realizadas no município por entidades e que o Poder Executivo contribui com recursos. Tramita nesta Casa projeto concedendo recursos para a realização do evento Beauty Fest, assim como tantos outros projetos que já passaram por aqui.

São iniciativas que merecem cumprimentos aos organizadores, pois são eventos que além de criar marcas para o município, fomentam a economia através da comercialização de produtos, e não existe município, estado ou nação que consiga se desenvolver se não tiver atividades, momentos que oportunizem estas relações como são os casos das feiras.

E infelizmente, nosso município não tem sabido potencializar estas oportunidades. Apenas se faz repasse de recursos, na maioria das vezes quando não se tem alguém da Administração na diretoria da entidade que promove o evento, os recursos são pequenos e atenção dada nem se fala.

Por isso, estamos sugerindo que a Administração Municipal comece a participar como fomentadora destas iniciativas, minimamente sentando com as entidades envolvidas e vendo no que é possível contribuir, no caso em questão com o SINDICABES.