O dia 08 de março é uma data muito significativa porque marca as lutas femininas no mundo.
A Democracia do poder em nossa sociedade, pode ser medida pela extensão da participação política das mulheres. Ao longo da história, os espaços de poder e direção tem se mostrado como um dos domínios mais resistentes do poder patriarcal. Há barreiras “invisíveis” ao acesso das mulheres a cargos de poder. Essa situação pode ser percebida em muitas organizações, mas no Parlamento e nos cargos executivos os índices são maiores.
O Brasil tem um dos menores índices de mulheres no Parlamento. Em 2010, elegemos pela primeira vez uma mulher para presidente no país, mas na Câmara Federal foram eleitas apenas 43 mulheres de um total de 513 deputados federais. São apenas 8% dos representantes, num país em que as mulheres são mais da metade do eleitorado. Dos 22 partidos que tem representação na Câmara, 8 não elegeram mulheres. No Senado Federal, as mulheres são 12 dos 81 senadores. E dentre os 27 governadores, são duas (2) mulheres.
Na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, dos 55 deputados, apenas 8 são mulheres.
No Vale do Taquari, atualmente o quadro político é a reprodução do retrato político do restante do país. As mulheres são menos de 10% nos parlamentos, ocupando apenas 29 das 325 cadeiras legislativas nas últimas eleições municipais e somente duas (2) prefeitas.
Apesar da pequena presença nestes espaços, aos poucos a voz feminina vem possibilitando a criação e implementação de políticas públicas voltadas ao atendimento das mulheres. Um exemplo destas conquistas é a Lei Maria da Penha, que está para completar seis anos, onde as mulheres estão denunciando mais as agressões sofridas. Mas, a impunidade ainda é grande.
Outra conquista, é a criação da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, em alguns estados, entre eles o Rio Grande do Sul, que já criou a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, e alguns município já criaram as Coordenadorias Municipais das Mulheres.
Mas, nosso desejo é que todos os municípios tenham estes espaços como prioridade, porque são através destes espaços que conseguimos ampliar a nossa participação.
É importante ressaltar que, para este ano eleitoral, é conseguir fazer valer o que foi aprovado na mini-reforma eleitoral. Sabemos que são fatos pequenos, mas são importantes, como a mudança que altera a palavra “reserva por preencherão”. O nosso compromisso é fazer com que os partidos cumpram a NOVA LEGISLAÇÃO.
Desta forma, queremos convidar todas as mulheres para construirmos juntas uma nova História, sendo candidatas ou auxiliando nas candidaturas femininas nas eleições municipais.
O amanhã depende das ações que traçarmos coletivamente hoje.
Uma boa luta a todas nós.
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